Desde então, o tema tem sido o mesmo, os gestos da Língua Gestual Portuguesa. Os gestos fazem parte do nosso dia-a dia. Usamos gestos, acompanhados de linguagem corporal, para nos exprimirmos e dar mais ênfase àquilo que proferimos transmitindo uma variedade de sentimentos, de hostilidade ou afeição, de alegria ou de tristeza, ou mesmo, ilustrativos de determinada ação.
A expressão é muito importante. Teve uma parte importante no vídeo de YouTube denominada “Deaf People Teach Us Bad Words | Deaf People Tell | Cut” realizado por canal Cut:
“O rosto é importante? Sim, absolutamente! Isso mostra a nossa expressão, por exemplo quando estamos realmente zangados ou não. É tudo em ASL (American Sign Language)! Por exemplo, vocês têm tom, certo? E você consegue dizer quando alguém está zangado, triste ou a ser sarcástico e em ASL, nós não temos esse tipo de tom, mas nós mostramos isso através da maneira que gestualizamos (quão grande, quão rápido, quão lento, etc.) e todas as expressões faciais que temos.” (Cut, Deaf People Teach Us Bad Words, 2017. (para ver o vídeo, está nas referências no final da página)
Para compreender melhor, a Língua Gestual tem uma estrutura gramatical que equivale às línguas orais com reconhecimento pela comunidade linguística que faz parte da cultura e identidade das pessoas surdas e com reconhecimento socio-antropológico. Não pertence ao código comunicacional convencional nem se tratam de gestos inventados por cada pessoa.
Porém, a nossa Língua Gestual Portuguesa não é universal. A universalidade corresponde a um código de comunicação. É muito comum julgar que todos os Surdos falam a mesma língua em qualquer lugar do mundo. É como as línguas orais, ou seja, cada país tem a sua própria língua e cultura que faz parte da identidade do povo desse país. Além disso, os surdos sentem as mesmas dificuldades que os ouvintes quando necessitam comunicar com outros que utilizam uma língua gestual diferente. Cada país terá a sua própria língua gestual. Por exemplo, no Brasil existe a Língua Brasileira de Sinais (libras).
Para acrescentar, como qualquer língua oral, a LGP possui variantes dentro do seu próprio idioma, alterando, relativamente, de região para região e dependendo do grau de instrução e das profissões dos surdos, em cada uma das regiões. Existem, por isso, dialetos e regionalismos.
TRABALHO ANTERIOR
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